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Há umas duas semanas, perguntaram lá no fórum qual a importância de um visor ocular. A questão já foi esclarecida lá mesmo, mas para entender a diferença entre os vários tipos de visor, o melhor é descrever rapidamente todos os visores que podemos encontrar em uma câmera digital, do ótico ao EVF, passando por LCDs e TTLs.
O mais comum, presente em praticamente todas os modelos, é a tela de cristal liquido, ou LCD. É esta tela que a maioria das pessoas usa para compor suas fotos e também a forma preferida de visualizar o resultado depois. Suas dimensões e resolução aumentaram consideravelmente nos últimos anos e algumas câmeras já contam com telas sensíveis ao toque ou de tecnologia OLED, que reproduzem cores mais vivas, mas o funcionamento geral pouco muda de uma câmera para outra.
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Visores óticos: TTL é o ideal
Antes do surgimento das câmeras digitais, no entanto, todas usavam os chamados visores óticos, ou oculares – aquele orifício onde encostamos o olho para ver o que será capturado pela câmera. Muitas digitais compactas e todas as reflex continuam trazendo esses visores, que têm como vantagens a economia de bateria e o funcionamento sob quaisquer condições de luminosidade. Enquanto um LCD pode ser difícil de enxergar sob o sol forte ou em um ambiente escuro, pelo visor ótico dá para ver exatamente o que os nossos olhos estão vendo.
Os visores óticos podem ser de dois tipos. Nas câmeras SLR, ou reflex, o visor é do tipo TTL (abreviatura de through the lens, ou através da lente). Graças ao tal espelho que define uma reflex, a imagem captada pela lente pode ser direcionada ora para sensor, ora para o visor. Isso significa que o enquadramento que aparece no visor é praticamente o que será capturado, sem erro de paralaxe, mas também faz com que o visor fique preto por alguns instantes (dependendo daduração da exposição) enquanto a foto é registrada. Estes visores podem variar em tamanho e luminosidade, dependendo do nível da câmera, mas de modo geral são de excelente qualidade e os preferidos dos fotógrafos profissionais.
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Como a lente do visor precisa ser capaz de reproduzir o movimento do zoom da lente principal, quanto maior o zoom de uma câmera, mais difícil será encontrar um visor ótico – nas superzoom atuais, capazes de ampliar uma imagem dezenas de vezes, simplesmente não há como reproduzir o poder de aproximação da lente no visor. Foi justamente por isso que as superzooms começaram a usar um outro tipo de visor que é praticamente um meio termo entre os óticos e as telas digitais: o EVF.
Visor eletrônico: uma tela embutida
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Com a popularização das câmeras EVIL, cuja sigla significa justamente “electronic viewfinder / interchangeable lens”, já é possível ter um visor desses numa câmera que troca a lente sem ser uma reflex. Sua qualidade tem melhorado significativamente, mas os puristas certamente dirão que o melhor EVF ainda não é capaz de substituir um visor ótico TTL. Resta saber se você prefere um visor melhor ou uma câmera menor…
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